Esse texto foi publicado no portal da Cia Empreendedora e gostaria de compartilhar aqui em meu blog.

Aceitei o desafio da Marina e aqui estou para contar um pouco da minha história.
Nasci em uma família de empreendedores, pais, avós, tios, tias e primos. Cresci ouvindo falar de negócios em muitas das reuniões familiares, aniversários e outras datas comemorativas. Hora as pessoas comemoravam grandes negócios, outras lamentavam algo. Mas o que eu percebia é que aqueles empreendedores não fugiam dos desafios que a vida lhes dava e estavam sempre querendo ir além.
Desde pequena eu adorava fazer negociações, o meu primeiro negócio foi fazer e vender gelinhos, aqueles sucos dentro de saquinhos plásticos, mas não parou por aí, vendi revista Nova, que minha mãe não lia mais em uma barraca feita com bancos e pedaços de madeira que montei na frente de casa, bijuterias na escola, escrevia textos e criei uma revista com meus próprios artigos, no entanto essa devo confessar que nunca vendi um exemplar.
Eu não escolhi minha faculdade, foi a vida que eu vivia que escolheu. Para mim quem queria ter negócio precisava saber administrar. Aos 18 anos fui trabalhar com meu pai, na empresa da família. Naquela época cursava o primeiro ano da faculdade de Administração de Empresas. Enquanto trabalhei lá, cuidei da parte financeira, fazia contato com clientes e fornecedores e mais um montão de coisas, que só quem empreende consegue entender o que é cuidar de tantas áreas ao mesmo tempo.
Após três anos e meio de empresa tive vontade de trabalhar em um novo lugar, aprender coisas novas e conhecer um mundo diferente do que eu vivia. Passei em um processo de seleção em uma multinacional farmacêutica e optei por ser estagiária naquela empresa Por um ano e meio tive aprendizados incríveis naquele lugar, senti que eu poderia ser mais e ir muito além.
Quando o contrato terminou fiz a escolha de voltar a trabalhar com meu pai, nossa relação passou a ser muito mais madura e construí lá histórias que hoje tenho orgulho de contar. Por lá fiquei por mais 3 anos até casar, meu marido recebeu uma proposta da empresa onde trabalhava e fomos morar em outro país.
Mudança de país
Nesse país eu não tinha visto de trabalho e trabalhar sempre foi algo importante e muito construtivo para mim. Antes de eu mudar definitivamente fiz uma visita ao país e percebi que, assim como eu, muitos brasileiros estavam mudando para lá. Era hora de eu pensar em algo para trabalhar.
Foi então que vi que a depilação brasileira com cera quente não existia naquele lugar e a que eles ofereciam era realmente muito cara. Vi aí minha oportunidade de negócio. Falei com a Andréa, minha depiladora que me passou todas as dicas de onde comprar os utensílios e ainda me deu uma aulinha básica de como depilar. Comprei a maca, quilos de cera e tudo mais que precisa, enviei no container junto com a minha mudança, nascendo então meu negócio nas Bahamas. Isso me aproximou das mulheres de lá e eu adorava recebe-las para um café, um chá um bolo e uma depilação. Assim foram mais dois anos da minha vida enquanto eu estive naquele lugar.
Retornando ao Brasil, tive a oportunidade de voltar para a farmacêutica onde tinha estagiado. Lá trabalhei ao lado de pessoas muito feras, que contribuíram imensamente para o meu crescimento profissional e pessoal.
O momento de virar Coach
Mas em um determinado momento senti que ali não era mais meu lugar, era hora de eu sair com tudo o que carregava comigo, com tudo o que aprendera em cada uma das minhas passagens. Era hora de criar algo com propósito, com a minha cara, do meu jeito, fazendo aquilo que eu mais amo que é ajudar pessoas. Fiz minha formação em Coaching e mais uma vez pedi para sair, com meu coração tranquilo e cheio de gratidão por todo o aprendizado que eu levava em minha bagagem.
Foi nesse momento que comecei a atuar como coach e logo surgiu a ReThink Coaching.
Hoje eu ajudo pessoas que passam pelo caminho que andei, empresários e empresárias, profissionais de pequenas empresas a multinacionais, brasileiros que moram fora do país, para que tenham uma vida mais plena, a se conhecerem mais, a reconhecerem seus talentos e traçarem seu caminho para o sucesso.
O que aprendi até aqui é ser grata por cada pessoa que de alguma forma me ensinou algo, dar o meu melhor em tudo o que eu fizer, acreditar que sou capaz, a não ficar parada em frente aos desafios, que sozinha não chego a lugar algum, que o meu potencial é muito maior do que imagino, que não posso tirar os olhos do meu objetivo e se está faltando alguma coisa é só colocar uma dose de amor que as respostas virão.